TEMA II – APRENDER NA REDE – TAREFA 2

O MEU PERSONAL LEARNING ENVIRONMENT (PLE)

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É engraçado que tivemos que chegar a esta unidade para eu ter um nome para o que eu tenho vindo a constatar, desde outubro de 2019. Descobri que existe um nome para a forma como tenho vindo a aprender e o melhor de tudo é que sou eu que escolho quase tudo!

Como é que isto é possível?

Não seria possível sem a Internet e as suas ferramentas 2.0, sem os recursos abertos e sem determinadas fontes de informação. E claro, nunca seria possível sem a orientação dos nossos professores, o apoio dos nossos colegas e sem a as conexões que já tinha estabelecidas e que fui estabelecendo desde o início do MPeL13, ou seja a minha Personal Learning Network.

Como é que “nasce” o teu PLE?

O teu PLE (vou arriscar) nasce contigo. Numa primeira fase mais circunscrito ao teu ambiente familiar, mas como a aprendizagem é feita ao longo da vida, o teu PLE vai crescendo tal como tu e os teus conhecimentos, com novas conexões, com novos instrumentos e recursos. Como defende Downes, “learning and living , it could be said, will eventually merge”. (2005)

Da perspetiva de ensino a distância, o teu PLE pressupõe participação ativa, no qual tens que “dar tanto como tomas” (Adell, 2012), numa base de confiança. Como residente da rede sinto que as interações de qualidade, os intercâmbios tranquilos enriquecem o meu mundo, logo o meu PLE.

Como podemos caracterizar os PLEs?

Os PLEs são em primeiro lugar pessoais e da responsabilidade de cada um, mas construídos em rede e dependentes de conexões. Para além disso são ubíquos, divertidos, flexíveis, agregadores, interativos, proativos, conectivos, imersivos, abertos e diversificados. Segundo Stephen Downes os seus princípios são a Interação, a Usabilidade e a Relevância, ou seja, “o que querem, quando querem, como querem e onde querem” (Motta, 2009, p. 16)

Onde se localizam os PLEs? – “Any Place, Anywhere” (Anderson, 2007 in Mota, 2009, p.7)

Bem, onde o seu proprietário entender. Mas o que vos posso dizer é que está em várias aplicações/ferramentas, em várias redes sociais, onde a interoperabilidade é essencial. João Mattar na sua mais recente publicação, O que estamos aprendendo sobre educação a distância durante a pandemia do COVID-19, vai ainda um pouco mais longe referindo que “(…)aprendemos que há um movimento de liquefação dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) em direção às redes sociais, aos apps e, agora (o que ficou claro na pandemia), aos ambientes de webconferência. As mudanças para o desenvolvimento da EaD não envolverão mais necessariamente os AVAs ou LMSs, nem mesmo talvez os NGDLE – Next Generation Digital Learning Environments, mas alternativas mais simples – teremos que desenvolver uma pedagogia da evanescência.” (Mattar, 2020).

Um dos locais privilegiado do meu PLE é AQUI. Um Blog onde coloco as minhas reflexões, onde me conecto com colegas, professores e especialistas nas áreas do meu interesse, onde discuto assuntos de interesse onde pesquiso e comento publicações de outros. Onde cresço, onde aprendo, onde partilho… E por isso agradeço o facto de ter entrado neste mestrado, de ter tido que criar um blog, aos professores que incentivam a sua atualização e aos colegas que participam dele, e criam os seus próprios posts, que me enriquecem.

A sua riqueza está também na agregação de diversas ferramentas da WEB 2.0, como por exemplo, o Quiziz, o canvas, o YouTube, Educaplay, o Powtoon, entre outros.

Quem está no teu PLE?

Todos aqueles que para ele contribuem, sendo que o seu proprietário será o centro do seu PLE, pois este segundo Vigostky “is building or constructing (his/her) own version of learning based upon (his/her) preferences, needs and social interactions” (Wheeler, 2020) e à sua volta, conectados com o mesmo estiveram, estão e estarão várias pessoas, com um papel específico, que é assumido naturalmente.

Algumas dessas pessoas tiveram, têm ou terão uma papel mais preponderante, os chamados More Knowlegeable Others, ou MKOs (Wheeler, 2020).

O que está no teu PLE?

A informação que consideras pertinente, interessante e sobretudo útil. Stephen Downes cita Gee em E-Learning 2.0 ao dizer que “words are only meaningful when they can be related to experiences (2005)”. Ou seja, toda a informação que possuirmos faz mais sentido quando experienciada.

Os PLE e o processo de Ensino e Aprendizagem

Toda esta publicação está centrada no aluno (proprietário do PLE) com o seu PLE, ao serviço da aprendizagem do mesmo. Mas como é que instituições e professores podem beneficiar dos PLEs para o processo de ensino e aprendizagem formal?

Segundo Terry Anderson (2016) as vantagens são inúmeras, que vão desde o seu design personalizado, a capacidade comunicacional e a capacidade de armazenamento, organização, seleção e recuperação de ferramentas digitais e documentos.

Para além das vantagens acima descritas, o mesmo refere que estes contribuem para o uso eficaz de ferramentas digitais que contribuem para a eficiência e eficácia dos professores. Logo, os professores ganham qualidade de vida profissional e consequentemente pessoal.

Por outro lado, o professor deve incentivar os alunos a criarem/desenvolverem os seus PLEs, contribuindo para a sua identidade digital. Por outro lado, fomenta a aprendizagem conectivista, com uma comunicação e partilha entre alunos/alunos e professores. Os PLEs e a aprendizagem ao longo da vida são indissociáveis e em simultâneo contribuem para a capacidade e confiança na pesquisa, para a gestão e criação de ambientes de aprendizagem digitais e para o controlo da sua própria aprendizagem e respetivas ferramentas que as apoiam.

E é exatamente o que temos vindo a experienciar no MPeL13, com a construção dos nossos PLEs, que “enable each person to make his or her way in the world, to pursue their own good in their own way.” (Downes, 2016)

Referências Bibliográficas

Anderson, T. (2016, October 24). Three Pillars of Educational Technology: Learning Management Systems, Social Media, and Personal Learning Environments Part 3 | teachonline.ca. Teachonline.Ca. https://teachonline.ca/tools-trends/how-use-technology-effectively/three-pillars-educational-technology/three-pillars-educational-technology-learning-management-systems-social-media-part3

Attwell, G. (2006). Personal Learning Environments-the future of eLearning? ELearning Papers2(1), 1–8. https://doi.org/https://www.researchgate.net/publication/228350341

Downes, S. (2005, October 17). Stephen’s Web ~ E-Learning 2.0 ~ Stephen Downes. http://Www.Downes.Ca. https://www.downes.ca/cgi-bin/page.cgi?post=31741

Downes, S. (2016, December 11). Stephen’s Web ~ Beyond Institutions Personal Learning in a Networked World ~ Stephen Downes. http://Www.Downes.Ca. https://www.downes.ca/cgi-bin/page.cgi?post=66147

Mattar, J. (2020, June 3). O que estamos aprendendo sobre educação a distância durante a pandemia do COVID-19. Ensinar a Distância. https://eagoraead.wixsite.com/ensinaradistancia/post/o-que-estamos-aprendendo-sobre-educa%C3%A7%C3%A3o-a-dist%C3%A2ncia-durante-a-pandemia-do-covid-19?postId=5ed7986fb513560017bcb470

Mota, J. C. (2009). Personal Learning Environments: Contributos para uma discussão do conceito. Educação, Formação & Tecnologias – ISSN 1646-933X2(2), 5–21. http://eft.educom.pt/index.php/eft/article/view/105/66

Peña-López, I. (2010, July 15). ICT4D Blog » Mapping the PLE-sphere. ICTlogy. https://ictlogy.net/20100715-mapping-the-ple-sphere/

Sierra Orrantia, J. (2012). PLE by Jordi Adell [YouTube Video]. In YouTube. https://www.youtube.com/watch?time_continue=14&v=blzYQlj63Cc

Steve Wheeler. (2009, October 11). It’s Personal: Learning Spaces, Learning Webs. SlideShare. https://www.slideshare.net/timbuckteeth/its-personal-learning-spaces-learning-webs

thaicyberu. (2016). Designing Personal Learning Environments [YouTube Video]. In YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=Wwv8v0y6lAw

Wheeler, S. (2020). Personal Learning Environments. Zillearn.Com. https://zillearn.com/learning/preview/0246ddcac94000000000c000

Publicado por Célia Ribeiras

Estudante da UAB, mãe, professora, filha e amiga...

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